Análise mostra o índice de mulheres condutoras de motocicleta no município de Maceió e a relação com os acidentes
Com intuito de realizar a junção da teoria absorvida na universidade e a prática exercida no estágio, as alunas Jessica Figueiredo e Karine Santos, lotadas no setor de Serviço Social do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), elaboraram um projeto de intervenção, para analisar o índice de mulheres condutoras de motocicleta no município de Maceió e a relação com os acidentes de trânsito.
Na manhã desta sexta-feira (23), no auditório da autarquia, as estagiárias apresentaram o resultado do estudo, intitulado ‘A inserção do gênero feminino na condução de motocicleta no município de Maceió”, mostrando as principais consequências desde a trajetória do gênero feminino na sociedade e o crescimento da inserção da mulher na condução de veículos a partir da década de 90.
“O interesse em discutir a temática surgiu após ter o contato com a realidade do campo de estágio, onde foi verificado que há uma ausência do sexo feminino inserido na condução de motocicleta para realizar atividades cotidianas. Foi quando pensamos na necessidade de iniciar um estudo preliminar que contemplasse esta realidade, para que essa pesquisa possa ser expandida de forma contínua por outros interessados pelo tema”, destacou Karine Santos.
Dados relevantes
Na oportunidade, diversos dados relevantes foram destacados, obtidos após o período de pesquisa. Um dos que chamou mais a atenção das estagiárias foi que, de acordo com o Sistema de Informações de Trânsito do Detran/AL, o número de infrações registradas no período de 1998 até 2016 é de 1.344.143, sendo 291.744 cometidas pelo sexo feminino e 1.052.399 pelo sexo masculino.
Dados do Hospital Geral do Estado (HGE) apontam que, das 11.198 vítimas de acidente de trânsito que deram entrada na unidade em 2015, 8.625 eram do sexo masculino e 2.573 do sexo feminino.
De acordo com dados específicos da Seguradora Líder dos consórcios DPVAT, no ano de 2015, do total das indenizações pagas, 25% foram para mulheres e 75% para homens. No caso de morte, percebe-se que a diferença é ainda maior, com 82% de vítimas pertencentes ao sexo masculino.
“Estamos muitos felizes em poder apresentar esse projeto de intervenção, que foi fruto de muita dedicação. É muito importante nós estagiários darmos um retorno para a instituição, e esse retorno muitas vezes pode ser um projeto, pois estamos deixando aqui no Detran/AL uma contribuição”, salientou a estagiária Jessica Figueiredo.
A assistente social do Detran/AL e supervisora de campo, Audijane Peixoto, ressaltou a importância da dedicação das estagiárias e agradeceu pelo projeto desenvolvido, além de enfatizar que todos os estagiários, independente da área que atuam no órgão, precisam assimilar a cultura do trânsito, contribuindo com a principal missão, que é salvar vidas.