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Visita ao sistema prisional vira atividade extracurricular para acadêmicos

Operadores do direito da Faculdade Raimundo Marinho conhecem boas práticas adotadas pelos agentes penitenciários nos presídios de Alagoas

por Mayara Wasty – Agência Alagoas

Conhecer o funcionamento do sistema prisional é uma experiência acadêmica importante na formação dos estudantes de direito da Faculdade Raimundo Marinho. A prática é incentivada pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), que recebeu nesta terça-feira (13) a terceira turma da instituição no Complexo Penitenciário. Os alunos visitaram o Centro Psiquiátrico Judiciário, Presídio Feminino Santa Luzia e Núcleo Ressocializador da Capital.

Além dessas unidades, outras turmas conheceram o Presídio Baldomero Cavalcanti e a Casa de Custódia da Capital. Em todos os presídios visitados, os alunos foram recepcionados pelos agentes penitenciários que explicaram a dinâmica do trabalho ressocializador. O professor e agente penitenciário Vitor Gomes, responsável pela iniciativa, explica que as unidades são escolhidas de acordo com as disciplinas cursadas pelos alunos.

“Essas visitas já se tornaram atividades extracurriculares prevista no calendário acadêmico da faculdade. Como futuros operadores do Direito, é importante que eles tenham essa visão das práticas adotadas no cárcere. E para consolidar esse conhecimento, a faculdade mantém uma parceria com o apoio da Seris há mais de um ano. O objetivo principal é trazer os alunos para a realidade prisional, pois muitos só conhecem a teoria aprendida em sala de aula”, disse.

Márcio Pedroso é estudante do 5º período e acompanhou atentamente cada detalhe da visita nos presídios. Ele acredita que esse tipo de atividade agregará valor para sua formação. “Para mim está sendo muito válido. Acredito que todo estudante de Direito deveria ter essa oportunidade, pois muitas vezes a gente tem uma visão que, na realidade, é bem diferente da realidade”, afirmou o acadêmico.

Sua colega de turma, Camila Amorim, ficou surpresa com as políticas de reintegração social executadas no Núcleo Ressocializador da Capital. “Existe uma diferença gritante entre o NRC e as outras unidades. Conhecendo o projeto você começa a acreditar na ressocialização”, finalizou. Sob orientação do professor e agente Vitor Gomes, os estudantes estão desenvolvendo um projeto que será apresentado ao secretário de Ressocialização,  Marcos Sérgio de Freitas, cujo objetivo é ampliar a metodologia do NRC.