Nova York (EUA)
por Monica Grayley – ONU News
(Atual presidente do Chile, Michelle Bachelet deixa o cargo em 11 de março – Foto: ONU/Mark Garten – arquivo)
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), confirmou hoje (7) que a presidente do Chile, Michelle Bachelet, será a nova chefe da sua comissão para promoção de acesso à cobertura universal de saúde nas Américas. A informação é da ONU News.
Além de Bachelet, também participarão do grupo a brasileira Laís Abramo, diretora da Comissão das Nações Unidas para América Latina e Caribe (Cepal) e outros representantes da sociedade civil e ex-autoridades da América Latina e do Caribe.
Em comunicado, a Opas disse que o trabalho do grupo será promover soluções que ampliem o acesso à saúde da população das Américas até 2030, sem que ninguém seja esquecido. O convite à Bachelet, que deixará a Presidência do Chile em 11 de março, foi feito pela diretora da Opas, Carissa Etienne.
Segundo ela, a presidente, que é médica de formação, tem liderança e compromisso, elementos-chave para empoderar as pessoas e as comunidades na busca da igualdade e da realização do direito à saúde.
De acordo com a Opas, quatro décadas depois da Declaração Alma-Ata (formulada na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada no Cazaquistão em setembro de 1978), que defendia a implantação de um sistema de saúde para todos no ano 2000, cerca de 30% da população das Américas ainda não tem acesso a cuidados médicos por motivos econômicos. E cerca de 21% dos habitantes da região não conseguem chegar a hospitais e postos de saúde por causa de barreiras geográficas.
Mais recentemente, em 2015, os países-membros da ONU assumiram o compromisso de alcançar o acesso universal à saúde até 2030, ao aprovar a Agenda de Desenvolvimento Sustentável. A comissão da Opas a ser presidida por Bachelet irá debater como os programas nacionais nas Américas estão implementando as mudanças necessárias.
Recomendações
Michelle Bachelet afirmou que, com o envelhecimento acelerado da população e as doenças transmissíveis, é preciso dar uma resposta com urgência e aplicar políticas que combatam as desigualdades. Para ela, deixar de fazer este trabalho é negar à região a possibilidade de obter um desenvolvimento sustentável.
Ao final do trabalho, a comissão da Opas divulgará um relatório com recomendações para melhorar os sistemas de saúde das populações excluídas.