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Guedes diz que bancos financiam ministro “gastador” para furar o teto

Redação A Hora News

Legenda: Guedes participou audiência da comissão mista que fiscaliza as ações de combate à crise trazida pela pandemia de coronavírus | Fonte: Agência Senado

Nesta quinta-feira (29), o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou aos senador que a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) passou a financiar ministros “gastadores e fura-teto”.

Segundo o ministro, “200 milhões de brasileiros ainda são prisioneiros de um cartório dos grandes bancos”, que tem feito lobby buscando enfraquecê-lo desde a proposta do Digitax, que é como ele chama o imposto digital.

“Aquele ‘cartório’ em que você faz uma transferência, faz um TED, paga 2% e o banco não reclama, quando se fala no Digitax, aí o banco na mesma hora vem correndo através da Febraban, que é o cartório institucionalizado dos bancos. A Febraban tá fazendo tudo certinho: financia até programa de estudo de ministro gastador, fura-teto, pra enfraquecer o ministro que defende acabar com este privilegiozinho, com este cartoriozinho. Visam derrubar o outro lado. A Febraban financia até estudos de outros Ministérios que não têm nada a ver com a atividade dela. Financia justamente no lobby de um enfraquecimento de um ministro que não quer deixar este cartório prosperar”, declarou Guedes.

Para ele, sua proposta de criar o Digitax, da qual disse ter desistido “devido ao lobby e às disputas políticas”, foi “muito mal compreendida”. Ele afirmou que a digitalização das atividades econômicas é uma forte tendência sem volta, e que o Brasil, por já ser uma das maiores economias digitais do mundo, “um dia vai ter que ter um imposto digital”.

“Falavam: ‘é aumento de imposto’. Não é! O que queríamos era diminuir os outros, simplificar os outros e desonerar a mão de obra. Aliás, mantemos estes mesmos objetivos, queremos um futuro tributário melhor”, continuou.

Guedes disse porém que o mercado financeiro já passa por uma “revolução silenciosa”, em que o incremento tecnológico já permite a entrada de diversas fintechs no mercado, num processo que será reforçado por mecanismos de transferência de recursos como o PIX.

Fonte: Agência Senado