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Deputada do PT quer que PGR investigue ministros por compra de cloroquina

Redação A Hora News

Legenda: Deputada Natália Bonavides quer explicações pela produção de cloroquina feita pelo Exército | Foto: Cãmara dos Deputados

Dois ministros do governo devem ser investigados por conta da compra de cloroquina, segundo o pedido feito pela deputada Natália Bonavides (PT-RN) feito à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bonavides acredita que Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, e Fernando Azevedo, ministro da Defesa, cometeram crime de responsabilidade após o Exército afirmar ao TCU que comprou cloroquina.

O medicamento, que não tem comprovação científica, seria utilizado para o tratamento da covid-19, doença que já matou mais de 187 mil brasileiros.

“Se a própria manifestação do comandante é de que não há tratamento consagrado da Covid-19, a mencionada esperança pelo Exército não passa de pura propaganda. Desse modo, o laboratório, que deveria ser usado para produzir medicamento eficaz, foi usado pelo Exército e pelo ministro da Defesa como ferramenta de propaganda político-partidária, para homologar o discurso negacionista do governo federal”, escreveu Bonavides no pedido.

Em um documento enviado ao TCU em julho e tornado público nesta segunda-feira, disse o Exército sobre a compra recorde de cloroquina, substância defendida publicamente por Jair Bolsonaro e criticada pela oposição.

“Até a presente data não há tratamento consagrado pela comunidade científica para a Covid-19”, diz texto do Exército assinado pelo comandante da 1ª Região Militar, com nome mantido em sigilo.

“Não poderia ser exigível comportamento diverso do Laboratório Químico Farmacêutico do Exército, senão a busca dos insumos necessários e o pronto atendimento às prementes necessidades de produção da cloroquina que, por seu baixíssimo custo, seria o equivalente a produzir esperança a milhões de corações aflitos com o avanço e os impactos da doença no Brasil e no mundo”, diz a nota que provocou a deputada petista.