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Vacina aprovada às pressas pode piorar pandemia, dizem especialistas da OMS

Redação A Hora News

Legenda: Cientistas criticam “pressões políticas e econômicas” para autorizar imunizações experimentais o quanto antes | Foto: Pexels

Um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a falta de 100% de eficácia das vacinas disponíveis pode piorar a pandemia.

Eles chegam a dizer que seria melhor não ter nenhuma vacina, do que ter opções sem eficácia.

Até o momento, nenhuma das 33 vacinas experimentais que já estão em fase de testes em humanos demonstrou sua segurança e eficácia.

“Existe o perigo de que as pressões políticas e econômicas para introduzir rapidamente uma vacina contra a covid-19 possam provacar a introdução generalizada de uma vacina que na verdade seja muito pouco efetiva, por exemplo, que só reduza a incidência em 10% a 20%”, diz os especialista.

No grupo estão médicos como a olombiana Ana María Henao, coordenadora do Plano de Pesquisa e Desenvolvimento de Diagnósticos e Vacinas da OMS.

“A utilização de uma vacina pouco efetiva poderia piorar a pandemia de covid-19 se as autoridades assumirem erroneamente que reduz o risco de maneira substancial, ou se as pessoas vacinadas acreditarem equivocadamente que são imunes, reduzindo-se outras medidas de controle da covid-19 ou seu cumprimento”, alertam os especialistas da OMS em um artigo publicado na revista médica The Lancet.

A OMS prefere uma vacina de uma só dose com mais de 70% de eficácia, mas se conformaria com uma vacina de duas doses e 50% de eficácia, segundo os parâmetros estipulados em abril.

Uma recente simulação, dirigida pelo pesquisador Bruce Y. Lee, da Universidade da Cidade de Nova York, sugere que, para prevenir novas epidemias sem outras medidas de controle, a vacina teria que oferecer uma eficácia de 60% se for inoculada em todo mundo, de mais de 70% se só três quartos das pessoas forem imunizadas, e de 80% se abranger apenas 60% da população.

Com informações El País