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HISTÓRICO: Após 30 anos, Governo de AL vai pagar salários de todos os servidores no mês trabalhado

Governo do Estado implantou um cronograma dividido em quatro etapas, que começa em 30 de janeiro com a folha dos funcionários da Saúde

por Severino Carvalho e Flávia Matos – Agência Alagoas

Anúncio foi feito nesta terça-feira (26) pelo governador Renan Filho – Foto: Felipe Brasil

Todos os servidores públicos estaduais, ativos e inativos, vão receber os seus salários no mês trabalhado. O anúncio foi feito pelo governador Renan Filho na manhã desta terça-feira (26), durante transmissão ao vivo (live), ao lado dos secretários de Estado da Fazenda, George Santoro, e do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques.

Para colocar em dia os vencimentos, o Governo do Estado implantou um cronograma dividido em quatro etapas, que começa agora, em 30 de janeiro, com o pagamento dos salários de todos os servidores da Saúde, incluindo os da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal), e será concluído em 30 de abril, contemplando todas as carreiras do funcionalismo. Isso representará um acréscimo de R$ 266 milhões na economia alagoana em 2021.

“Desde a década de 1990 que o maior volume salarial em Alagoas é pago no dia 10 (do mês subsequente). Isso faz tanto tempo que as pessoas já se acostumaram. O cidadão acha isso até normal, mas não é! O correto é pagar os salários até o dia 5 do mês subsequente ao mês trabalhado. Agora, em Alagoas, vamos tomar a decisão para, em quatro parcelas, colocar 100% dos salários em dia. Todo mundo vai receber no dia 30 do mês trabalhado”, garantiu Renan Filho.

Após o pagamento em 30 de janeiro dos servidores da Saúde e da Uncisal, receberão em fevereiro os trabalhadores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), incluindo os Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); em março, os da Segurança Pública (SSP), exceto os delegados de Polícia Civil e oficiais da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros (CBM); e em abril, os auditores fiscais, delegados de polícia, procuradores de Estado e oficiais da PM e CBM.

“Vamos pagar as áreas da Saúde, Educação, Segurança Pública e, no final, as carreiras com os maiores salários. Aos demais servidores, vamos seguir uma regra de proporcionalidade”, explicou o secretário Fabrício Marques.

Como os 38.946 servidores, ativos e inativos, pertencentes à primeira faixa salarial já recebem seus vencimentos dentro do mês trabalhado, a medida anunciada nesta terça (26) beneficia diretamente os 35.792 trabalhadores que integram a segunda faixa, que recebiam os salários no dia 10 do mês subsequente, cujo montante representa a maior participação na folha de pagamento do Governo do Estado: 78,34%.

“A folha do Governo de Alagoas hoje custa mensalmente R$ 339,5 milhões, aproximadamente, dos quais R$ 73 milhões são pagos no dia 30 e R$ 266 milhões no dia 10 (do mês subsequente), ou seja, quase 80% da folha é paga no dia 10. Nós vamos trazer, precisamente, esses 78,34% para dentro do mês (trabalhado). Isso representa um esforço de caixa de R$ 266 milhões”, detalhou Renan Filho.

O secretário Fabrício Marques ressaltou o esforço desprendido pelo Governo do Estado para tomar a medida de pagar toda a folha dentro do mês trabalhado. Recordou a situação de penúria de outras unidades da Federação, que sequer conseguem pagar em dia os salários dos seus servidores, e exaltou a austeridade aliada à capacidade de investimento alcançada por Alagoas nos últimos anos. “Hoje é um dia histórico para Alagoas. Dentro de quatro anos, a gente vai ter condições de pagar 53 folhas; na prática serão R$ 266 milhões a mais”, afirmou Fabrício Marques.

O secretário George Santoro recordou que em 2015, ainda no início da primeira gestão de Renan Filho, o governador lançou o desafio à Fazenda de pagar em dia todos os servidores estaduais, dentro do mês trabalhado. “Eu olhava para aquela situação financeira do Estado e via que o desafio era imenso. São seis anos de trabalho nisso e a gente conseguiu ter esse cronograma, aprovado pelo senhor, com segurança e tranquilidade. Foram anos de muitos ajustes, não só na parte fiscal, mas em toda a gestão administrativa. Hoje temos um Estado moderno, todos os processos são digitais, então vivemos um novo momento”, ressaltou Santoro.