Obra ‘O Bichinho Invisível’ tem como autora Rozana Melo, pedagoga do Centro Municipal de Educação Infantil, Fúlvia Rosemberg, no Cidade Universitária
por Pedro Caldas / Ascom semed
Pedagoga Rozana Melo, autora do livro “O bichinho invisível” e a pequena Cecília mostrando trabalho realizado representando o coronavírus – Fotos: Pedro Caldas / Ascom Semed e Acervo Pessoal
Uma história desenvolvida e inspirada na fala de crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Fúlvia Rosemberg, localizado no bairro Cidade Universitária, ganhou destaque e se transformou em livro. Construída a partir de uma didática lúdica, a obra “O bichinho Invisível” que foi escrita pela pedagoga do Cmei, Rozana Melo, aborda todos os parâmetros científicos sobre a prevenção contra a Covid-19, ao dialogar com as crianças sobre a pandemia.
No livro, as crianças Valentina, Cecília, Jéssica Sofia e Weslley do Cmei, viraram os personagens principais da história e o chamado “bichinho invisível” é na verdade o coronavírus, descrito pela autora como “Algo muito danado que fica solto por aí entrando nas pessoas através da boca, nariz e ouvido”.
Toda a história se passa dentro da Vila da Pedra, local inspirado na cidade de Delmiro Gouveia em Alagoas, onde a pedagoga Rozana Melo, passou parte de sua infância. “A personagem Valentina e seus primos foram inspirados em crianças do Cmei, já os moradores da Vila da Pedra foram inspirados na comunidade Fábrica da Pedra em um resgate à minha própria infância”, disse Rozana.
Ela explica que algumas crianças pareciam assustadas com a avalanche de notícias divulgadas diariamente nas mídias sobre a pandemia da Covid-19. “Chegaram relatos de muitas delas, que em ato de desespero, pediam para seus familiares não saírem de casa nem mesmo para ir à padaria ou trabalhar. Com isso, pensei em uma forma de dialogar com elas de forma didática, a fim de tranquilizá-las”, concluiu.
Todos os personagens da história são feitos de gravetos e outros materiais retirados da natureza como folhagens e frutos. Segundo Rozana, o Cmei Fúlvia tem como base em todos os seus projetos o incentivo às crianças interagirem diretamente com a natureza, chamado de trabalho pedagógico orgânico.
A partir da apresentação do livro a toda comunidade escolar, os educadores elaboraram projetos em cima da história “ O Bicho Invisível” incentivando as crianças ao reconto da sua maneira, do jeitinho que entendeu.
A experiência exitosa foi replicada pela professora do Cmei, Maysa Araújo que divulgou e produziu um vídeo narrado por ela mesma sobre a historinha do “ O Bicho Invisível”. Todo o trabalho foi desenvolvido por meio de aulas virtuais através de plataformas digitais como WhatsApp, Google Meet, YouTube e Instagram, que com isso as crianças tiveram que ilustrar personagens da história e também a representação do próprio coronavírus utilizando materiais orgânicos e recicláveis.
Os familiares e as crianças do Cmei Fúlvia Rosemberg, avaliaram de forma muito positiva a experiência, pois a didática ajudou na interação de pais e filhos no reforço da prevenção acerca de medidas que devem ser tomadas diante do vírus.
“Achei essa ideia importante, as crianças desde cedo tem que aprender a importância de usar máscara e álcool em gel, não tocar nas coisas e lavar sempre as mãos. Cecília tem apenas 3 anos e aprendeu bastante com a história principalmente como se cuidar mais. Tudo isso acaba nos ensinando todos os dias. Ela sempre pede para passarmos álcool nas nossas mãos quando estamos em locais com outras pessoas. Um momento que chamou atenção foi quando eu contei a história para ela, e no meio da história ela saiu e foi correndo passar álcool nas mãos dela”, conta Aline Ferreira, mãe da Cecília.