Redação A Hora News
Legenda: Há um líder evangélico disposto a disputar a cadeira com o democrata | Foto: Senado
Indicar um ministro “terrivelmente evangélico” foi uma promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro para lideranças evangélicas insatisfeitas com as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas por desavença política, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) travou a indicação por mais de 120 dias, se tornando assim o inimigo número 1 dos religiosos que não o perdoaram por ter sabotado a indicação do presidente.
Por conta disto, os líderes evangélicos do Amapá estão com apoio de outros grandes nomes para impedir que Alcolumbre seja reeleito ao Senado em 2022.
O pastor Guaray Júnior, da Igreja do Evangelho Quadrangular de Macapá (AP), por exemplo, pretende disputar a eleição para o Senado no ano que vem e tentar conquistar a cadeira que hoje é do presidente da CCJ que quase impediu Mendonça de se tornar ministro.
“O povo evangélico do Brasil anotou o nome dele, que vai ficar na memória quando vier a disputa pelo Senado do Amapá. Os cristãos do Amapá dirão ‘não’ pra Alcolumbre no Senado”, declarou o pastor para a revista Veja.
Para o pastor Gesiel Oliveira, presidente internacional da Aliança Pró-Evangélicos do Brasil e Exterior (Apebe), as ações de Alcolumbre farão com que ele não consiga ser reeleito no ano que vem. “Essa estratégia destruiu qualquer possibilidade de reeleição. Ainda é incerto quem vai ocupar essa vaga, mas definitivamente uma coisa é certa, o senador que o Amapá vai mandar para o Senado em 2023 não será o Davi Alcolumbre”, disse.
Mas a questão com a sabatina não é a única que interfere no futuro político do democrata, uma denúncia feita pela Veja mostra que o senador mantinha um esquema de rachadinha em seu gabinete. Pelo menos seis mulheres foram contratadas com altos salários e repassavam a maior parte dele para o senador.