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MP pede indenização de R$ 300 mil por fala de Felippe Valadão sobre religiões de matriz africana

Redação A Hora News

Legenda: Pastor foi acusado de intolerância religiosa | Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (15), o Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública contra o pastor Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha Niterói (RJ), por ter chamado os pais de santo de “endemoniados”.

O processo pede uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil e uma retratação pública.

A ação se refere ao que o pastor disse durante culto na cidade de Itaboraí (RJ) quando ele criticou os despachos deixados por religiosos de matriz africana na praça onde o culto seria realizado.

“Avisa para esses endemoniados de Itaboraí que o tempo da bagunça espiritual acabou. Pode matar galinha, pode fazer farofa, prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade. Deus vai começar a salvar esses pais de santo que têm na cidade”, disse ele durante a pregação.

O MPRJ afirma que o pastor, “que possui grande engajamento junto ao segmento religioso do qual faz parte, praticou intolerância religiosa e discurso de ódio contra praticantes da umbanda e demais religiões”.

Em parte da ação os promotores determinam a gravação de um vídeo de 50 minutos a 1 minuto de duração que deve ser divulgado na página principal do site da Igreja Batista da Lagoinha e nas redes sociais oficiais por 30 dias.

Esperar de líder de religião cristã discurso baseado no amor e na tolerância é uma mera expectativa, mas exigir de qualquer pessoa a observância a direitos fundamentais e promover a responsabilização de quem praticar ato ilícito que cause dano moral coletivo a grupos religiosos, em razão de intolerância religiosa, é dever do Ministério Público”, diz parte da ação apresentada.