Redação A Hora News
Legenda: Cerimônia de Toque de Campainha para celebrar a oferta de ações para a capitalização da Eletrobras – Foto: Alan Santos/PR
conteceu nesta terça-feira (14/06), na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, a cerimônia de Toque de Campainha para celebrar a oferta de ações para a capitalização da Eletrobras, empresa líder em geração e transmissão de energia elétrica no país.
A Lei nº 14.182, de 12 de julho de 2021, autorizou a desestatização da Eletrobras por meio do aumento do seu capital social, com oferta pública de ações ordinárias. A União não vai exercer seu direito de compra de novas ações, assim terá sua participação diluída no capital social da companhia com a capitalização.
O objetivo é que, com a capitalização, a empresa atraia novos recursos, retomando a capacidade de investimento para cooperar com a expansão sustentável do setor elétrico, de acordo com o Ministério da Economia.
A cerimônia teve a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro, além de ministros, representando os ministérios envolvidos com a capitalização, como o de Minas e Energia, Adolfo Sachsida; da Economia, Paulo Guedes; e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.
O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, destacou ganhos que virão com a capitalização. “A Eletrobras seguirá contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país com investimentos, geração de empregos e provendo um serviço de energia elétrica de qualidade e com foco em sustentabilidade. Serão investimentos em energia renovável, revitalização de bacias hidrográficas que se traduzirão em benefícios para os consumidores de energia e também atratividade de investimentos para o país”, disse Rodrigo Limp.
Na quinta-feira (09/06), a Eletrobras divulgou comunicado informando que a oferta primária (novos papéis) é de 627.675.340 ações ordinárias. A oferta secundária (papéis já existentes) será de 69.801.516 ações do BNDESPar. O preço por ação foi fixado em R$ 42.
O Ministério da Economia preparou respostas para algumas das dúvidas frequentes sobre a capitalização da Eletrobras. Confira:
O Governo vai vender a Eletrobras?
A Eletrobras irá emitir novas ações para se capitalizar. A União não irá exercer seu direito de compra de novas ações, e assim ela terá sua participação diluída no capital social da companhia com a capitalização. Com a capitalização no modelo proposto, a União continua sócia de uma empresa valorizada e mais lucrativa.
Por que capitalizar a Eletrobras?
Uma vez capitalizada, a Eletrobras poderá retomar sua capacidade de investimento, já que ela vem investindo abaixo do necessário, diminuindo sua participação no mercado e obtendo margens baixas em relação a seus competidores. Apesar de ser a maior empresa do setor no Brasil, ela atualmente não participa de leilões para novos empreendimentos por falta de recursos. A volta da Eletrobras a leilões aumentará a disputa, reforçará a competição no setor e, consequentemente, beneficiará os cidadãos.
A desestatização da Eletrobras contribuirá para a atração de novos recursos para a empresa, reforçando o caixa e recuperando a capacidade de investimento ao longo do tempo. Com isso, a Eletrobras terá maior capacidade para cooperar com a expansão sustentável do setor elétrico, através de novos empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica.
A desestatização da Eletrobras beneficia o setor de energia elétrica?
A desestatização aumentará a eficiência da empresa e a companhia será capaz de investir mais. Como estatal, a Eletrobras não tem conseguido atender as demandas de investimento. Além disso, a desestatização beneficiará o setor com mais liquidez e abrirá caminho para o desenvolvimento do setor energético brasileiro, motivando a criação de um ambiente atrativo aos investidores, revitalização de recursos hídricos e redução estrutural dos custos de geração de energia.
A Eletrobras vai investir no desenvolvimento regional do país?
A empresa investirá recursos para a revitalização de bacias hidrográficas e navegabilidade, sendo elas as bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Madeira, Tocantins e Parnaíba, no reservatório de Furnas e na navegabilidade fluvial de Furnas. Além disso, haverá investimentos para a eficiência energética na região Norte do Brasil.