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PREVENÇÃO: Cuidados com as crianças devem ser redobrados no carnaval

Secria alerta pais ou responsáveis para cuidados com os pequenos para evitar situações como desaparecimento, afogamento, entre outras violências

por Fabiana Barros – Agência Alagoas

Secria alerta para situações que colocam em risco a integridade física, mental e até a vida das crianças – Divulgação

A segurança da criança deveria ser algo constante, mas nem sempre isso acontece. A Secretaria da Primeira Infância (Secria) alerta para situações que colocam em risco a integridade física, mental e até a vida das crianças. É essencial a atenção de pais e/ou responsáveis em todos os momentos, especialmente, durante os períodos de festas, a exemplo do Carnaval.

As estatísticas apontam para riscos os quais as crianças são submetidas, como desaparecimento, trabalho infantil, exploração e abuso sexual, acidentes de trânsito, afogamento, entre outros. E como agir diante de tais situações?

Inicialmente, é importante ficar atento ao comportamento da criança e de pessoas que convivem com ela. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), em Alagoas, em 2022, foram registrados 151 estupros de vulnerável, sendo vítimas crianças de 0 a 6 anos. Desse total, 56 casos ocorreram em Maceió. Em 2021, no Estado, o número desse tipo de violência foi ainda maior, com 159 casos.

As praias, amplamente procuradas durante o Carnaval, exigem atenção dos pais, principalmente, com as crianças menores. Conforme o Corpo de Bombeiros, em 2022, foram registrados 269 casos de afogamento, sendo cinco deles com crianças de 0 a 6 anos, das quais três foram óbitos e duas resgatadas com vida.

Dados do Programa de Identificação e Localização de Desaparecidos (PLID), que integra o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), apontam que, em Alagoas, entre 2018 a 2022, foram registrados 1.584 casos de desaparecimentos de pessoas em todo o Estado, sendo 61% deles sem motivo aparente.

Dos 1.584 desaparecidos, 62,37% são do sexo masculino; 36,06% do feminino; e 1,57% indeterminado. O percentual de crianças desaparecidas até 11 anos é de 4,17%. A maioria dos desaparecimentos aconteceu em Maceió, Arapiraca e Rio Largo.

Conforme informações do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, em Alagoas, no ano de 2019, havia 25.372 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil. As crianças e adolescentes trabalhadoras, em Alagoas, utilizaram 15,9 horas de seu tempo em atividades laborais.

As principais atividades exercidas pelas crianças e adolescentes trabalhadoras no estado eram: comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%); seguida por restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (5,9%) e comércio de artigos do vestuário, complementos, calçados e artigos de viagem (5,4%).

Abaixo confira quais instituições devem ser acionadas em caso de necessidade:

Denúncias ligadas à criança e ao adolescente:

A delegacia especializada funciona das 8h às 18h, na Rua Abdon Assis Inojosa Andrade, Jatiúca. Fone 3315-9941 ou pelo e-mail decccac@pc.al.gov.br.

Disque Denúncia 181

O serviço possui parceria com as delegacias especializadas (Delegacia Especializada no atendimento de crianças e adolescentes vítimas – DCAV e Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente – DPCA) e com os conselhos tutelares, enviando as denúncias e solicitando providências.

Disque 180

Central de Atendimento à Mulher, serviço atualmente oferecido pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher.

Disque 191

Denúncia sobre tráfico e exploração sexual de crianças e adolescentes ocorridas em rodovias federais;

Disque 100

Denúncia contra violação de direitos humanos – (Trabalho Infantil e Desaparecimento).

Procure o Conselho Tutelar de sua cidade em caso de denúncia envolvendo crianças e adolescentes