Ação itinerante percorreu dez municípios; 48 novos casos de hanseníase foram detectados
por Ruana Padilha / Ascom Sesau
Carreta do Roda-Hans esteve durante um mês em Alagoas e percorreu dez municípios, contemplando as dez regiões de saúde do Estado – Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou 660 atendimentos visando a identificação precoce de hanseníase durante a passagem da carreta Roda-Hans por Alagoas, entre 11 de julho a 11 de agosto.
A ação diagnosticou 48 novos casos da doença, sendo 14 em Maceió, sete em União dos Palmares, seis em Delmiro Gouveia, cinco em Palmeiras dos Índios, quatro na cidade de Maragogi, quatro em Capela, três em Santana do Ipanema, dois em Penedo, dois em Arapiraca e um em Campo Alegre.O projeto Roda-Hans, criado em 2018, levou ações de conscientização, capacitação técnica e atendimento clínico gratuito aos municípios alagoanos, contemplando as dez regiões de saúde de Alagoas. A carreta itinerante contou com cinco consultórios para atendimento clínico, além de um laboratório para a realização de exames de diagnóstico. O atendimento foi realizado por profissionais da Rede Municipal de Saúde, com apoio de um especialista para diagnóstico de hanseníase, com acompanhamento nas unidades de saúde de referência.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, enfermeira Itanielly Queiroz, ressaltou que o diagnóstico dos casos na fase inicial da doença faz com que ela não se propague, pois na fase inicial não é transmissível, além de reduzir as chances de o paciente desenvolver incapacidades físicas. “O diagnóstico é essencialmente clínico, portanto, faz-se necessário para a identificação dos casos o desenvolvimento de ações como o Roda-Hans, visando a busca ativa e educação em saúde. O projeto ocorreu em pontos estratégicos nos municípios, o que atraiu a população e facilitou a procura de atendimento”, enfatizou.
A coordenadora explicou que a doença é caracterizada por manchas avermelhadas na pele, falta de sensibilidade e perda da força nos membros, e evolui de forma muito lenta. “A doença atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos e tem capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo causar danos irreversíveis, como mãos e pés em garras, perfuração de palatos, septo e não possuem força muscular nos olhos”, destacou Itanielly Queiroz.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salientou que o projeto possibilitou agilizar o diagnóstico da hanseníase. “O Roda-Hans é uma ação fundamental para que possamos evitar novos casos, diagnosticar em tempo oportuno e tratar de forma adequada, evitando sequelas nos pacientes diagnosticados. Os nossos agradecimentos aos técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde da Sesau, aos gestores municipais pelo empenho em realizar a ação durante um mês, bem como, a parceria com o Ministério da Saúde, que tem sido um grande aliado de Alagoas”, pontuou.