Pesquisa coordenada pela Ufal foi apresentada para o presidente da Casal, Luiz Neto, e outros gestores da companhia
Professora doutora Nélia Callado apresenta o relatório de monitoramento de sistemas de esgotamento sanitário em Maceió – Foto: Thalisson Tenório / Ascom Casal
Po Evilásio Almeida / Ascom Casal
Documento divulgado na última quarta-feira (13), pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), revela que o coronavírus sempre circulou pelas tubulações de esgoto de Maceió durante o pico da pandemia de Covid-19, o que acarretou no crescimento de casos da doença.
O relatório de monitoramento de sistemas de esgotamento sanitário em diversas áreas da capital alagoana, que toma como base os anos de 2021, 2022 e parte de 2023 – período da pandemia -, foi apresentado para o presidente da Companha de Saneamento de Alagoas (Casal), Luiz Neto, vice-presidente de Engenharia, Marcos Fred, e outros gestores da empresa.
O trabalho foi desenvolvido por técnicos do laboratório de saneamento da Ufal, sob a coordenação da professora doutora em hidráulica e saneamento, Nélia Callado, custeado pela Casal e com apoio da concessionária BRK. Os profissionais colheram continuamente coletas de efluentes nas estações elevatórias e de tratamento de esgoto, e também em canais urbanos como o de Águas Férreas, em Cruz das Almas, da Levada e do Salgadinho, no Centro.
A iniciativa de cooperação mútua entre os órgãos teve como objetivo monitorar o sistema de esgotamento sanitário da capital alagoana observando a caracterização físico-química e a presença do coronavírus causador da Covid-19 como ferramenta de controle e mapeamento da evolução espacial e temporal da qualidade dos efluentes, das condições socioeconômicas e de saúde pública.
Para Luiz Neto, essa parceria com a universidade demonstra a preocupação da empresa para com a saúde do povo alagoano. “A Casal reforça o compromisso com a academia no desenvolvimento de trabalho científico como esse, que gera resultados relevantes para a saúde da população. Esperamos continuar apoiando a universidade em estudos que sempre beneficiem Alagoas”, destacou.
Segundo Nélia Callado, o relatório é importantíssimo, serve de parâmetro e alerta para as autoridades de saúde do Estado. “As pesquisas confirmam que o coronavírus sempre navegou pelas tubulações de esgoto. Resultado disso, foi durante pico da pandemia, com o crescimento de casos da doença”, ressaltou.
A exibição do relatório, que foi feita com a ajuda de recursos visuais, também contou com a presença da chefe de Gabinete, Rafaelle Gama, dos superintendentes Júlio César, do Meio Ambiente e Qualidade do Produto, e de Valeska Cavalcante, de Engenharia, todos da Casal. Pela Ufal participaram as professoras Maria Raphaella Vasconcelos e Daysy Lira, que compõem o Centro de Tecnologia. Já pela BRK estiveram presentes o diretor operacional, Wilson Bombo, e os engenheiros Felipe Lara e Rosimeire Lessa.
