O vice de Agnelo, Tadeu Filippelli, e o ex-governador José Roberto Arruda também foram presos temporariamente na operação e já estão na carceragem da PF. Atualmente, Filippelli era assessor especial na Presidência da República, mas foi exonerado do cargo após sua prisão.
Os três ficarão detidos na Superintendência da PF por cinco dias, que poderão ser renovados por mais cinco. A prisão poderá ser convertida em preventiva. Os demais presos temporários na operação de hoje serão divididos entre a superintendência e a unidade da PF no Aeroporto de Brasília.
Os advogados de defesa de Agnelo, Arruda e Fillippelli disseram que vão se pronunciar sobre as prisões após terem acesso a todas as informações da investigação.
Operação
Arruda, Agnelo, Filippelli e mais seis pessoas foram alvo de 10 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal. Todos são investigados por supostas irregularidades na contratação de obras públicas no DF, entre elas a reconstrução do Estádio Mané Garrincha; e por suspeita de fraudar as licitações relativas à implantação do Sistema BRT Sul (obra de mobilidade urbana custeada com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC) e os serviços urbanísticos no entorno do estádio.
Segundo o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), há indícios de que só as fraudes na reconstrução do Mané Garrincha causaram prejuízo de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos.