MACEIÓ – O presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Felipe Feijó, foi preso nesta sexta-feira (9) por posse ilegal de arma. Ele foi levado para a sede da PF, em Maceió, onde pagou fiança e foi liberado. A arma não tinha registro. A prisão foi feita durante uma operação da Polícia Federal, apelidada de Bola Fora. Vice-presidente da CBF e prefeito de Boca da Mata (AL), Feijó é o principal investigado na operação da PF. Pai de Felipe, Gustavo também foi presidente da FAF.
A investigação apura a prática de caixa 2 na campanha eleitoral de Gustavo em 2012. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas a pedido do Ministério Público Eleitoral, em quatro endereços no Estado. A operação é um desdobramento da CPI do Futebol, instaurada em 2015 para investigar supostas irregularidades na CBF. Em uma troca de mensagem obtida pela comissão, Feijó pedia cerca de R$ 200 mil para o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, durante a campanha de 2012.
O cartola respondeu que enviaria. A CBF e Del Nero não aparecerem como doadores da campanha. No ano passado, o cartola foi reeleito. Gustavo confirmou a realização da operação. “Foi um procedimento normal. A polícia quer esclarecer alguns detalhes. Vou explicar tudo”, disse. O dirigente é presença frequente nas partidas da seleção.
Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ele foi chefe da delegação e deixou descontente parte dos jogadores. Pouco antes da conquista do ouro, o cartola postou vídeos, sem autorização, de alguns atletas em sua página de campanha para a reeleição. Neymar chegou a protestar e pediu a retirada do vídeo do ar.
Resultado. Presidente da CPI da CBF, o senador Romário (PSB-RJ) comemorou. “Fico muito feliz que os órgãos competentes, como o MPE e a PF, estejam dando prosseguimento ao trabalho iniciado por mim na CPI do Futebol. Os resultados de uma investigação nem sempre são imediatos, tenho certeza de que o que conseguimos provar ainda vai dar muita dor de cabeça para aqueles que fazem do futebol um ofício criminoso”, disse.
