/Festival de Inverno de Paranapiacaba é opção para passeio nas férias de julho

Festival de Inverno de Paranapiacaba é opção para passeio nas férias de julho

São Paulo

Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

O 17º Festival de Inverno de Paranapiacaba, tradicional evento cultural e gastronômico da região metropolitana de São Paulo, ocorrerá nos dois últimos finais de semana do mês de julho (22, 23, 29 e 30), ainda no período de férias escolares. O evento é também uma oportunidade para os interessados em descobrir a história da região, que ainda é preservada em sua arquitetura.

No primeiro dia do evento (22), um show vai homenagear o cantor e compositor Belchior, que morreu em 30 de abril deste ano. A banda Freud à Deriva fará uma apresentação às 13h, no Antigo Mercado da vila, inspirado no disco Alucinação de Belchior, de 1976.

O público poderá visitar também, na Casa Fox, a Mostra de Arte Naif, com curadoria de Enzo Ferrara e obras de artistas de todo o Brasil. A Rua Fox vai ser tomada pelo ritmo do rockabilly, sub-gênero do rock surgido no início do anos 1950 e que tem um ritmo, uma moda e um estilo característico. No Brasil, influenciou cantores na década de 60, como Roberto Carlos e Wanderléia.

Além de música, o festival tem ainda programação para crianças, oficinas, teatro e feira de artesanato. A lista completa de atividades está neste site.

História

A Vila de Paranapiacaba, localizada no município de Santo André (SP) – no limite entre o planalto paulista e a serra do mar –, é um patrimônio arquitetônico originário da ocupação inglesa na região da serra para a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, no final do século 19.

A vila, que inicialmente era um acampamento de operários, após a inauguração da ferrovia, em 1867, foi transformada na Estação Alto da Serra, para cuidar da manutenção do sistema. Devido à sua localização, último ponto antes da descida da serra, a Vila de Paranapiacaba começou a ganhar importância.

No ano de 1987, o patrimônio arquitetônico e natural de Paranapiacaba foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (órgão estadual) e, em 2002, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).