Segredo está na adoção de hábitos saudáveis e nas alegrias encontradas todos os dias
Se você é daqueles que ainda acha que aquela cervejinha no fim de semana não faz mal algum, talvez a aposentada Rosa Bezerra de Lira, de 99 anos, possa te fazer repensar, neste 1º de outubro, quando se comemora o Dia Nacional do Idoso. Ela garante que nunca consumiu refrigerantes, bebidas alcoólicas, fumo; mas sempre optou por plantas medicinais quando podia substituir terapias farmacológicas e primou por alimentos saudáveis naturais ao invés dos industrializados. O resultado é uma saúde invejável, distante da hipertensão, diabetes e outras temidas doenças crônicas.
Nascida no município de São Braz, aos 23 anos casou e foi viver com o marido na cidade vizinha, Penedo, onde até hoje reside com suas duas filhas, oito netos e dezesseis bisnetos. Dona de casa das melhores, ela buscou melhor educar suas filhas, adotou hábitos alimentares saudáveis e encontrou nas atividades cotidianas a oportunidade para não ficar parada, fugir do sedentarismo.
“Quando era jovem e solteira, eu cheguei a atuar na colheita de arroz, algodão e feijão. Depois que casei, meu marido trabalhava na fábrica e eu em casa mesmo. Eu fui muito feliz, vi minhas filhas crescerem; ganhei netos e bisnetos. Nunca perdi uma noite de sono, acordava 7h e dormia 20h30. Utilizo óleo de coco ao invés das tintas de cabelo. E ser calma não só me ajuda a combater o estresse, como contribui com a serenidade da família”, ressaltou a matriarca de excelente memória.
O geriatra Marcus Vinícius Palmeira Oliveira indica que Dona Rosa tem as características de um idoso robusto, capaz de gerenciar sua própria vida de forma independente e autônoma, sem apresentar nenhuma condição crônica que agrave sua saúde. “Vive um envelhecimento saudável através da adoção de hábitos benéficos e mantém a própria mente equilibrada, mesmo em meio a dificuldades. Posturas contrárias aos idosos mais frágeis, que consomem bebidas alcoólicas, fumam, não se alimentam adequadamente e são sedentários”.
Entretanto, o especialista do Hospital Geral do Estado reforça que, independente de sintomas, o acompanhamento médico é relevante para todos, em qualquer fase da vida. “É significante observar os riscos hereditários, o cartão de vacinação, os resultados dos exames de rotina. Sempre tomar decisões preventivas, pois estas não resultam em acidentes (como as preocupantes quedas), sequelas e perdas”, destacou o médico do HGE.