/‘Não dá para transformar os R$ 600 numa renda permanente’, diz diretor da IFI

‘Não dá para transformar os R$ 600 numa renda permanente’, diz diretor da IFI

Redação A Hora News

Legenda: Auxílio Emergencial será pago num total de cinco parcelas | Foto: A Hora News 

 

Devido ao aumento significativo da dívida pública e aos anos de estagnação econômica, o Brasil precisa discutir “com muita seriedade e profundidade” a implantação de uma eventual renda básica permanente no cenário pós-pandemia. A afirmação é do economista Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, em debate nesta terça-feira (14) da comissão do Congresso Nacional destinada a acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à covid-19.

“Não vai dar simplesmente para transformar os R$ 600 numa renda permanente. Primeiramente, é preciso uma discussão aprofundada sobre o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada [BPC], o seguro-desemprego, o abono salarial e o salário-educação. Caso o governo e o Parlamento optem pela implantação dessa renda básica permanente, ela será um novo programa ou um incremento do Bolsa Família? E a fonte dos recursos dessa nova política será um novo imposto ou o cancelamento em outras despesas?”, questionou.

O diretor da IFI lembrou que a implantação de uma renda básica permanente no Brasil é um debate consolidado entre economistas brasileiros “já há bastante tempo”. Ele sugeriu que o Parlamento discuta o assunto com especialistas, como Marcelo Neri e André Portela, da Fundação Getúlio Vargas, Naercio Menezes e Rodrigo Orair, da Universidade de São Paulo (USP), e Pedro Souza, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Fonte: Agência Senado