por Comunicação/ALE
O deputado Ricardo Nezinho (MDB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 29, para informar que protocolou na Casa um projeto de lei que dispõe sobre as finalidades e as diretrizes da política estadual da pessoa idosa e lembrar que na próxima sexta-feira, dia 1º de outubro, é comemorado Dia Internacional do Idoso, instituído em 1991, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). “A data objetiva sensibilizar a sociedade mundial para as questões do envelhecimento, destacando a necessidade de proteção e de cuidados para as pessoas idosas”, disse.
Em seu pronunciamento, o parlamentar destacou que a conquista de longevidade pela população implica em uma profunda e rápida transformação demográfica, com crescimento do número de pessoas com 60 anos ou mais, demandando por atenção e cuidados especiais. “Esses cuidados reclamam políticas públicas com abordagens integradas que ajudem as pessoas idosas a manter suas capacidades funcionais, diminuindo sua dependência e fortalecendo suas habilidades”, afirmou.
Ricardo Nezinho disse que atualmente 14% da população é considerada idosa e que a tendência é de no futuro bem próximo esse percentual ultrapassar a marca dos 30%. No Brasil, hoje, segundo o deputado, há uma população que vem passando por um processo acelerado de envelhecimento, ao mesmo tempo em que inexiste a devida preocupação com esse tema. “Ao Estado caberá compensar essa deficiência com políticas públicas de proteção que incluam o direito à vida, à moradia, à saúde, à aposentadoria digna, ao transporte e ao lazer, entre outros direitos humanos fundamentais”, disse.
O deputado lembrou que nas celebrações do dia do idoso o poder público, a família e a sociedade são conclamadas a repensar a imagem a respeito das pessoas maiores de 60 anos, muitas vezes tidas como descartáveis e inúteis, como se as suas vidas não importassem. “São agressões físicas sofridas nas ruas, no trânsito e até mesmo em casa. Os maiores de 60 anos também são alvo de outras formas de violência, como a apropriação indevida das aposentadorias por familiares, o assédio de instituições financeiras que insistem na oferta de crédito consignado, o desrespeito aos lugares especiais nos transportes públicos, as más condições das calçadas e até mesmo a fome e a desnutrição”, afirmou.
Em aparte o deputado Inácio Loiola (PDT) destacou o trabalho desenvolvido por Nezinho e a falta de políticas publicas para os idosos no país. “No momento em que eles mais precisam é que sentimos falta de uma política mais eficiente. Hoje as pessoas acima dos 60 anos têm uma enorme dificuldade de adquirir um plano de saúde, o que é inconstitucional”, disse. O deputado afirmou que nunca esqueceu do que dizia o procurador aposentado José Sebastião Bastos. “Em um de seus artigos, intitulado ‘Cabeleiras Prateadas’, mostrou que os grandes gênios da humanidade contribuíram mais com o mundo quando tinham acima de 60 anos de idade”, afirmou.
Raízes de Arapiraca
Ricardo Nezinho disse que durante toda a sua trajetória política vem procurando assumir compromissos em favor das pessoas idosas, em memória dos seus pais, deputado Manoel Pereira e Dona Paula, e em reverência às pessoas idosas protagonistas de histórias e experiências de vida nas quais procura se espelhar. “Nesse sentido, idealizei o Projeto Raízes de Arapiraca, documentário etnográfico que visa registrar para esta, e também para as futuras gerações, as histórias/fatos/momentos importantes, valorizando a história de vida de pessoas idosas, conhecidas ou não. O projeto, por meio de uma cuidadosa produção audiovisual, conta a história de vida de cada entrevistado, sua origem, tradições familiares e sua relação direta com o desenvolvimento social, cultural, político e econômico do município de Arapiraca”, afirmou.