por Comunicação/ALE
O reconhecimento do forró como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no último dia 9, foi tema do pronunciamento do deputado Inácio Loiola (PDT) durante a sessão ordinária desta terça-feira, 14. “O grande porta-voz do forró para o Brasil e para o mundo foi Luiz Gonzaga, cujo aniversário de nascimento foi comemorado ontem”, lembrou o parlamentar. “Costumo dizer que ninguém cantou melhor a música nordestina do que Luiz Gonzaga. Ele era capaz de pegar uma simples letra e transformá-la numa grande melodia”, destacou Loiola, citando outros representantes do gênero musical, a exemplo da cantora paraibana Marinês, da alagoana Clemilda, entre outros forrozeiros como Jacinto Silva, Mestre Zinho e Dominguinhos.
Inácio Loiola parabenizou todos os artistas na pessoa do presidente da Associação dos Forrozeiros do Estado de Alagoas, Zé Lessa, que é de Coruripe. “Em seu nome quero parabenizar os forrozeiros de Alagoas e dizer que o forró tem uma importância muito grande para a economia do Brasil, pois gera em torno de R$ 2 bilhões ao ano para o País”, informou o deputado. “Por conta disso, fico muito feliz pelo reconhecimento do Iphan, com o forró passando a ser patrimônio cultural e imaterial do nosso País”, comemorou Loiola.
Em apartes, os deputados Francisco Tenório (PMN), Cabo Bebeto (PTC), Antonio Albuquerque (PTB), Gilvan Barros (PSD), Davi Maia (DEM) e a deputada Jó Pereira (MDB) contribuíram com o pronunciamento do colega de plenário. “Temos em Alagoas dois grandes nomes do forró. Lá da minha terra, Chã Preta, o nosso saudoso Cara Véia, que mesmo tendo partido tão cedo, ainda hoje é cantado em todos os cantos do nosso Brasil”, lembrou Francisco Tenório, destacando ainda o nome do cantor Mano Valter. “O forró é realmente algo nosso, que movimenta a economia, traz diversão e nos representa”, disse.
A deputada Jó Pereira disse que o reconhecimento do forró como patrimônio imaterial e cultural no dia em que seria comemorado o aniversário de nascimento do rei do baião, Luiz Gonzaga, tem repercussões importantes. “Vai ampliar a divulgação do forró e incrementar a geração de renda. É um ritmo musical extremamente difundido no Nordeste e está tomando conta de todo o Brasil”, disse a parlamentar. Em seguida, o deputado Gilvan Barros parabenizou o ministro do Turismo, Gilson Machado. “Precisou ter um ministro forrozeiro, um artista, que lutasse para que o forró fosse um patrimônio cultural brasileiro”, avaliou o deputado.
Assim como os demais, o deputado Antonio Albuquerque se associou ao pronunciamento de Inácio Loiola, dizendo que esse reconhecimento do Iphan faz justiça aos grandes nomes da música mais popular do País, que é o forró nordestino. “Todos os artistas mencionados nesta sessão merecem o nosso aplauso, pela sua vocação e pela forma com a qual enfrentam várias dificuldades e brilham nos palcos da vida”, disse Albuquerque.
Energia limpa
Outro tema abordado pelo deputado Inácio Loiola foi a falta de investimentos na geração de energia alternativa em Alagoas. De acordo com ele, a energia gerada por meio da água está em desuso no mundo. “Nós temos outras alternativas: a energia eólica e a energia solar. E, por incrível que pareça, o único Estado do Nordeste que não tem um parque de energia eólica ou de energia solar é Alagoas”, avalia Loiola, informando que o Estado tem potencialidades enormes nesses setores, citando como exemplo a extensão dos municípios de Mata Grande a Maragogi e de Porto Real do Colégio a Quebrangulo. “Vejo o incentivo da energia solar e da energia eólica fundamental para o desenvolvimento de Alagoas, do Nordeste, do Brasil e do mundo”, disse o parlamentar, destacando que o município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, investirá R$ 5 bilhões para construção de um parque de energia eólica, que terá capacidade de gerar 1000 megawatts.