Redação Ministério da Saúde
Legenda: A perda de memória recente é o principal sinal de alerta | Foto: Pexels
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva, causada pela morte das células cerebrais e que provoca a perda de funções cognitivas, como memória, linguagem, planejamento e habilidades visuais-espaciais. Nesta quarta-feira (21/09), Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, o Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce para evitar a progressão rápida, aumentando a conscientização das pessoas para sinais de alerta.
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que a prevalência em pessoas com 65 anos ou mais corresponde a mais da metade dos casos. Estima-se que cerca de 1,2 milhão de pessoas vivam com alguma forma de demência no Brasil. Os primeiros sintomas podem aparecer alguns anos antes de chamar a atenção dos familiares, mas são bem pontuais, como esquecimentos simples, troca de nomes, repetição da mesma história e mudanças no comportamento. A perda de memória recente é o principal sinal de alerta.
Por ser uma doença progressiva, os sintomas aumentam com o passar do tempo e começam a trazer irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo. Nos casos mais graves, há perda da capacidade de realizar tarefas cotidianas. A doença pode vir acompanhada também de depressão, ansiedade e apatia. Por isso, quanto mais cedo buscar diagnóstico médico, por meio de um neurologista, maiores são as chances de retardar o processo e evitar a evolução rápida do Alzheimer.
O diagnóstico é feito com base no quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, além de exames laboratoriais e de imagem do cérebro.
Tratamento
Apesar de ainda não haver um tratamento específico, existem métodos que amenizam o problema. O tratamento medicamentoso tem o objetivo de estabilizar o comprometimento cognitivo, o comportamento e a realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.
Existem também reabilitação cognitiva, terapia ocupacional, controle de pressão alta, diabetes e colesterol, além de atividade física regular e atendimento multiprofissional disciplinar (neurologia, clínica médica, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição), todos oferecidos de forma integral e gratuita pelo SUS.
Prevenção
Os fatores de risco bem estabelecidos para Doença de Alzheimer são a idade e a história familiar (o risco aumenta com o número crescente de familiares de primeiro grau afetados).
Estudos demonstram que o risco de Alzheimer é maior entre as mulheres por viverem mais, mas a doença também é bastante comum entre os homens. Não há como afirmar se é hereditário, apesar de algumas famílias terem mais de um caso e de ser um importante fator de risco.
Medidas simples podem ser adotadas para prevenir o Alzheimer e outras formas de doença, como exercitar o cérebro aprendendo coisas novas e estudando, ter vida social saudável, dormir bem, boa alimentação, praticar exercícios físicos, ir ao médico regularmente, não fumar e evitar consumo de álcool e outras drogas.