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Alagoas tem mais de 332 mil estudantes inscritos na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas

Mais de 150 mil são da rede estadual de ensino; provas da primeira fase ocorrem em 30 de maio

por Ana Paula Lins, com informações do IMPA

Números de estudantes da rede estadual de ensino inscritos na olimpíada foram celebrados pela Seduc – Foto: Thiago Ataíde, Valdir Rocha e Ana Paula Lins

Alagoas teve 332.934 estudantes de escolas públicas e privadas inscritos na edição 2023 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). De acordo com dados do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), órgão que coordena a competição, em todo o Brasil, 18,3 milhões de alunos de 55,3 mil instituições de ensino e 5.563 municípios participarão da olimpíada, cujas provas da primeira fase ocorrem no dia 30 de maio.

No Estado, a OBMEP é coordenada pelo Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretarias Municipais de Educação (Semeds), Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e instituições de ensino particular. O estado contabilizou 880 escolas inscritas – 502 municipais, 279 estaduais, 83 privadas e 16 campi do Ifal, com todos os 102 municípios alagoanos estando representados.

Pela rede estadual de ensino, foram 151.360 estudantes inscritos de 279 escolas, o que representa pouco mais de 45% do total de inscrições.

Preparação

Os números da rede estadual de ensino foram celebrados pela Seduc. Segundo Dênison Queiroz, gerente de Formação Continuada da pasta, já está em andamento um planejamento de formações voltadas para as olimpíadas de conhecimento na rede estadual.

“A OBMEP e demais olimpíadas de conhecimento propiciam uma experiência riquíssima, tanto para estudantes, como para os professores, os quais têm a oportunidade de enriquecer suas práticas em sala de aula. Por isso, estamos elaborando um projeto de formações que vão contemplar nossos professores”, adianta.

A Escola Estadual Professor José Quintella Cavalcanti, de Arapiraca, é a unidade de ensino da rede estadual que terá o maior quantitativo de participantes na olimpíada: atualmente, a escola possui 2.453 estudantes matriculados. Em 17 edições da OBMEP, a instituição obteve medalhas em sete – 14 no total, sendo 2 pratas e 12 bronzes. Ano passado, a escola alcançou seu maior número de medalhistas, com 3 estudantes conquistando o bronze – Joab Alves Petuba, João Vitor Silva Queiroz Oliveira e Sandriely Karla da Silva Farias.

O diretor Nilton Ezequiel de Lima diz que a olimpíada permite aos estudantes expandir seus horizontes. “Queremos mostrar que a matemática é mais do que números e cálculos e propiciar ao alunado ir além. Por isso é que sempre damos reforço, durante as aulas, com foco nas olimpíadas”, conta.

Oportunidade

E a edição 2023 da OBMEP terá uma novidade. É que este ano haverá aumento no número de medalhas. Segundo o IMPA, serão distribuídas 650 medalhas de ouro, 1.950 de prata e 5.850 bronze.

O coordenador da OBMEP em Alagoas, Adelailson Peixoto, destaca a importância dos resultados obtidos na olimpíada. “Para se ter ideia, em um universo de 18 milhões de inscritos, 1 em 2.770 vai ganhar uma medalha de bronze, 1 em 9.000, uma medalha de prata, e 1 em 36.000, uma medalha de ouro. E mesmo a Menção Honrosa merece ser festejada, pois somente 1 em cada 340 inscritos vai conquistá-la”, avalia o professor. “Além disso, os estudantes medalhistas recebem bolsas de iniciação científica por meio dos programas PIC e PICME, sendo o primeiro voltado para quem está na escola pública, enquanto o segundo é direcionado para os medalhistas aprovados em universidades públicas e privadas”, complementa.

Sterfany Lopes, de Coruripe, é uma das beneficiadas por esses programas. Tetramedalhista de bronze da OBMEP – sendo 3 com a Escola Municipal General Góes Monteiro e uma com a Escola Estadual Djalma Barros Siqueira -, ela participou do PIC enquanto aluna da rede pública e, hoje, como estudante da licenciatura de Matemática/Ufal, foi selecionada para a bolsa do PICME.

Essa, inclusive, não foi a única porta que a olimpíada lhe abriu. Seu histórico de medalhista lhe rendeu também o convite para dar aulas de reforço para alunos da rede municipal de Jequiá da Praia. E para quem fará a prova este ano, ela aconselha dedicação e afirma que o esforço valerá a pena. “Dêem o seu melhor, pois a OBMEP é a porta de entrada para um futuro esplêndido. Tive as melhores oportunidades da minha vida, e ainda estou tendo, graças à olimpíada. Ela mudou minha vida, e pode mudar a sua também”, garante.