por Comunicação/ALE — publicado 08/08/2023 18h01, última modificação 08/08/2023 18h01
Em sessão na tarde desta terça-feira, 8, os deputados Cabo Bebeto (PL) e Ronaldo Medeiros (PT) apresentaram posicionamentos antagônicos a respeito da Marcha em Defesa da Democracia e pela Reforma Agrária, realizada em todas as regiões de Alagoas.
O primeiro a se posicionar foi Cabo Bebeto. Segundo o parlamentar, a mobilização não teria como principal objetivo a reforma agrária, mas sim “cunho político”. “Os líderes do movimento deixam claro que preferem causar tumulto e são pessoas influentes, que usam idosos, crianças e outras pessoas com falta de instrução em um ato que nada tem a ver com a reforma”. O parlamentar criticou o fato de os manifestantes marcharem dezenas de quilômetros para ocupar a sede da Equatorial. “Acham-se no direito de invadir. Fica a pergunta: por que após 13 anos de Governo do PT essas pessoas ainda não foram assentadas?”, questionou Bebeto.
Após a fala de Bebeto, o deputado Ronaldo Medeiros também fez seu comentário sobre a mobilização e negou que os envolvidos sejam baderneiros. “O movimento que saiu hoje de Messias em direção a Maceió é composto por trabalhadores que querem viver da terra, que querem dar um futuro de dignidade para suas famílias”, iniciou o parlamentar. Medeiros lembrou ainda que mais de 60% dos alimentos do Brasil têm origem na agricultura familiar. “É importante que eles produzam para trazer os alimentos para a cidade. A reforma agrária foi feita em todos os países civilizados”, continuou ele, afirmando que esta é uma prática até mesmo na Roma Antiga. “Só aqui no Brasil, infelizmente, ainda é preciso sair em marcha para se manifestar, para serem ouvidos”, encerrou o deputado.
Marcha
Camponeses e camponesas de todas as regiões de Alagoas realizam Marcha em Defesa da Democracia e por Reforma Agrária desde segunda-feira, 7. A Marcha organizada pelos movimentos de luta pela terra seguiu rumo ao Centro da capital na manhã desta terça, 8.