/Católicos invadem catedral para impedir culto de celebração da Reforma Protestante

Católicos invadem catedral para impedir culto de celebração da Reforma Protestante

por Gospel Mais

Um grupo de fiéis católicos protestou contra a celebração dos 500 anos da Reforma Protestante invadindo um culto para recitar o rosário em voz alta. A Polícia foi chamada para remover os fiéis e não houve maiores incidentes.

A celebração foi realizada na Catedral de São Miguel e Santa Gudula, em Bruxelas, na Bélgica. O templo católico foi cedido gentilmente pela arquidiocese de cidade para a Igreja Protestante Unida, a maior denominação evangélica do país.

O templo ficou lotado de fiéis protestantes, que acompanhavam o culto no momento em que os católicos fizeram uma fileira no meio do templo, durante o sermão, para recitar o rosário. De acordo com informações do portal francês Media-Presse-Info, os católicos não se conformavam com o uso da catedral católica por um grupo de protestantes.

“Nossa Catedral de São Miguel e Santa Gudula é um edifício católico construído por nossos pais para ser uma Casa de Deus, para a celebração da Santa Missa, para o louvor de Deus e dos santos. A ocupação de nossa catedral pelos protestantes para comemorar o 500º aniversário da Reforma é, portanto, uma profanação”, dizia um panfleto do protesto.

“Na verdade, a chamada Reforma foi realmente uma revolta: sob o pretexto de combater abusos, Lutero se rebelou contra a autoridade divina da Igreja Católica, negou inúmeras verdades da Fé, aboliu o Sacrifício da Missa e dos Sacramentos, rejeitou a necessidade de boas obras e prática de virtudes cristãs. Finalmente, ele atacou a veneração da Virgem Maria e dos santos, a vida religiosa e os votos monásticos”, acrescentava o documento.

De acordo com os católicos que protestaram no culto, a Reforma Protestante “foi uma grande tragédia para a sociedade cristã e para a salvação das almas”.

Após a Polícia efetuar a retirada dos fiéis católicos, o pastor Steven Fuit agradeceu à paciência e pacificidade dos fiéis protestantes diante daquele episódio, e pediu que eles continuassem a respeitar as diferenças.

“Nossa individualidade e nossa unidade não consistem na aceitação passiva da diversidade. Nossa unidade essencialmente deriva do respeito às diferenças. Sem o outro que é diferente, quem pensa o contrário, quem faz de outra forma, não existo, não sou nada. As diferenças são uma parte inerente da unidade”, concluiu.

Assista ao protesto: