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Seminário sobre manejo clínico da tuberculose reúne médicos e enfermeiros de 15 cidades

Evento foi destinado aos profissionais da Atenção Básicas dos municípios com maior número de casos da doença

por Fabiano Di Pace – Agência Alagoas

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) promoveu, nesta quarta-feira (22), um Seminário sobre Manejo Clínico da Tuberculose. O evento aconteceu no auditório do Maceió Mar Hotel, na capital alagoana, e reuniu médicos e enfermeiros que atuam na Atenção Básica de cidades consideradas prioritárias por números de casos.

A capacitação contou com a presença de técnicos das cidades de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo, Delmiro Gouveia, São Miguel dos Campos, Rio Largo, Teotônio Vilela, Marechal Deodoro, Santana do Ipanema, Pilar, Coruripe, União dos Palmares, Porto Calvo e Matriz de Camaragibe.

Segundo a gerente do setor de vigilância e controle de doenças previsíveis, Danielle Castanha, o seminário busca tratar do acolhimento dos pacientes. “Por tratar-se de um tratamento longo, que duração de seis meses, é importante que a equipe envolva o paciente no processo reforçando a importância da continuidade do procedimento”, explicou.

A gerente lembrou que existem casos em que a doença é mais resistente e precisa ser encaminhada para centros de referência como o Hospital Universitário e Hélvio Auto. “O acompanhamento é essencial para o sucesso do tratamento e para garantir a segurança do paciente e dos familiares”, reforçou Danielle.

O seminário contou com a participação de profissionais renomados na área, a exemplo do médico Melquisedeque Silva, que falou para os presentes sobre os dados da tuberculose em Alagoas e sobre a importância do diagnóstico precoce.

“A população deve procurar uma unidade de saúde sempre que perceber uma tosse insistente que dure mais de três semanas. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento”, destacou o médico.

Já Alda Rodrigues, técnica do Programa Estadual de Combate à Tuberculose, lembrou que a Sesau atua para capacitar os técnicos municipais e presta consultoria técnica. O índice de abandono do tratamento em Alagoas, de acordo com a técnica, foi de 9,8% em 2016. Índice que necessita ser reduzido, uma vez que o preconizado pelo Ministério da Saúde é de no máximo 5%.

A técnica reforçou que, ao abandonar o tratamento, o paciente se expõe ao risco de contrair uma forma mais grave da doença. No ano passado a tuberculose atingiu 1.042 alagoanos e, de janeiro a outubro deste ano, foram registrados 754 casos da doença.