“Nós teremos que fornecer garantias de segurança, com certeza”, disse secretário de Estado, Mike Pompeo, sobre um possível acordo com o ditador
por iG São Paulo
(Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, se encontrarão no dia 12 de junho, em Cingapura – Foto: iG São Paulo)
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse neste domingo (13) que o país norte-americano irá garantir a permanência do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, após um possível acordo. Pompeo afirmou ainda que se o ditador norte-coreano concordar em desmantelar completamente seu programa de armas nucleares, o governo de Donald Trump permitirá que o setor privado americano invista no país.
Segundo Pompeo, se um acordo for fechado na reunião de cúpula entre Kim e Trump no dia 12 de junho , “americanos do setor privado” poderiam “ajudar a construir a rede energética que a Coreia do Norte precisa”. Pompeo disse ao Fox News Sunday que os americanos também poderiam ajudar com investimentos em infraestrutura e agricultura.
Já ao programa Face the Nation , da CBS , Pompeo sugeriu a possibilidade de “alívio de sanções”. Para a senadora da Carolina do Sul Lindsey Graham, o investimento privado ou o alívio de sanções para o Norte seria “o melhor dinheiro que já gastamos”.
Perguntado se os EUA estavam efetivamente dizendo a Kim que “a mudança de regime será cancelada” se ele atender às exigências americanas, Pompeo disse à Fox : “Nós teremos que fornecer garantias de segurança, com certeza”.
Local de testes nucleares será destruído
Nesse sábado (12), a o país norte-coreano anunciou que irá destruir o local de seus testes nucleares . O país está tomando as “medidas técnicas” para realizar a ação entre os dias 23 e 25 de maio. Jornalistas internacionais foram convidados para cobrir o evento.
O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da agência de notícias estatal KCNA. O fechamento do campo de Punggye-ri foi uma das promessas feitas por Kim Jong-un em sua negociação para tentar normalizar as relações com a Coreia do Sul e com os Estados Unidos.
No último dia 20, o líder norte coreano Kim Jong-un já havia anunciado que o país interromperia os testes nucleares e balísticos. “O Norte irá fechar sua base de testes nucleares no norte do país para provar sua decisão de suspender os testes nucleares”, acrescentou o comunicado da KCNA.
Encontro com Trump
Na quinta-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a data e o local em que irá se encontrar com Kim Jong-un. Esse será o primeiro encontro na história entre líderes desses dois países – e ocorre após meses de trocas de farpas entre o magnata e o ditador.
“O antecipado encontro entre eu e Kim Jong-un vai ocorrer em Cingapura, no dia 12 de junho. Nós dois vamos tentar torná-lo um momento muito especial para a paz mundial!”, disse o presidente Donald Trump.
Apesar da data escolhida para o encontro mais esperado do ano – no Brasil, ironicamente, a mesma em que se comemora o Dia dos Namorados –, mundialmente, não há expectativas apenas positivas sobre a reunião.
Afinal, embora ambos os líderes tenham tomado atitudes que combinem com um discurso de paz, seus posicionamentos seguem divergentes. Por isso, um encontro pode não ser o suficiente para que os EUA e a Coreia do Norte alcançam estado de consenso para diversos assuntos – como a pauta balística e nuclear, por exemplo.
Fonte: Último Segundo – iG