Projeto da Seris já contemplou mais de mil custodiados com atividades profissionalizantes
por Maysa Cavalcante – Agência Alagoas
(Além de serem garantir a profissionalização, serviços na Serigrafia geram mais organização no cárcere – Fotos: Jorge Santos)
O trabalho é um importante fator no processo de reintegração social. Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) incentiva a participação dos apenados em oficinas e cursos profissionalizantes, oportunizando uma chance digna para recomeçar a vida. Além de combater a ociosidade carcerária, a iniciativa serve para educar e qualificar os apenados.
Atualmente, 12 oficinas profissionalizantes são coordenadas pela Gerência de Educação, Produção e Laborterapia da Seris. A Fábrica de Esperança, por exemplo, já contemplou mais de mil custodiados. Pelo trabalho, os internos recebem remuneração e diminuem um dia ne pena a cada três dias trabalhados, conforme estabelece a Lei de Execução Penal (LEP).
A Serigrafia é uma das oficinas em funcionamento. Trabalhando em parceria com a oficina de Corte e Costura, os setores são responsáveis pela produção dos uniformes utilizados pela população carcerária. De acordo com Eraldo Santos, instrutor da Serigrafia há 12 anos, o empenho das reeducandas é comprovado pela qualidade do fardamento produzido.
“Acho necessário os custodiados aprenderem um ofício para trabalhar e obter renda para sustentar a família após o cumprimento da pena. Aqui na Serigrafia as trabalhadoras são capacitadas e aprendem a fazer todo o processo. Sou testemunha do esforço e do interesse que elas têm para aprender”, destaca o instrutor.
Jadirene Bezerra Silva, de 44 anos, é uma das participantes da oficina. A custodiada, que já participou de capacitações em Filé e Corte e Costura, relata sua satisfação. “Eu fico feliz ao ver as pessoas usando uma arte feita por mim. Com o trabalho, ainda tive a oportunidade de conhecer pessoas, receber salário e ter a pena reduzida. Sou muito grata”, conclui.