Redação A Hora News
O pastor Ed Renê Kivitz, da Igreja Batista da Água Branca em São Paulo (SP), escreveu um texto defendendo a escola de samba Mangueira, do Rio de Janeiro, que retratou Jesus mulher, negro e LGTB para criticar os cristãos que apoiaram o governo de Jair Bolsonaro.
Na visão do religioso, conhecido por ser militante de esquerda, o carnavalesco que pensou nesse enredo falava do verdadeiro evangelho.
Também a Mangueira perguntou onde está Deus enquanto o feminicídio aumenta, os racistas perdem escrúpulos, a homofobia espalha violência e a gente pobre e negra é assassinada dentro de sua própria casa. Desde a Sapucaí ecoa uma resposta: ‘Jesus está também na mulher violentada, nos LGBTI+ agredidos e desrespeitados, nas crianças cravejadas de balas'”.
Kivitz aproveitou para criticar quem se opôs ao desfile e atacou quem apoio Bolsonaro falando de um “messias com armas nas mãos”.
“Deus não está no fogo que queima o sertão, está na bravura do sertanejo; Deus não está na brutalidade dos que promovem genocídios, está na força dos resistentes e resilientes; Deus não está na mão violenta que agride e mata pobres, crianças, mulheres e homossexuais, está na solidariedade, no respeito e no amor a todos os seres humanos, especialmente aqueles circunstancialmente vulneráveis; Deus não está nos messias com arma na mão – seja polícia, milícia ou traficante, está naqueles que são pacificadores, seguidores do Príncipe da paz”, escreveu.