Johnata Vinicius da Silva Moura ganhou ouro nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), em Brasília
por Ana Paula Lins / Ascom Seduc
Em dois meses, Johnata conquistou seis medalhas no Jeal – Foto: Ana Paula Lins / Ascom Seduc
Naquela manhã de sábado, Johnata saiu de casa rumo à Escola Estadual Professora Benedita de Castro Lima, no Clima Bom, onde é aluno do 9º ano do ensino fundamental. Ele acreditava se tratar de uma seletiva para o time de futebol da escola, mas, ao chegar lá, percebeu que era uma “peneira” para encontrar talentos do atletismo. Para não perder a viagem, resolveu arriscar.
O que Johnata não sabia é que aquele dia mudaria sua vida e que, dois meses depois, ele seria campeão da modalidade salto em distância, nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), disputados no último dia 30 de outubro, em Brasília.
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“Apenas quando subi ao pódio percebi que tinha ganho ouro no JEBs e comecei a chorar. Sou muito grato a todos que acreditaram em meu potencial e torceram por mim: minha treinadora Bruna, meus treinadores Anderson e Thales, o Degnaldo, os diretores da Benedita de Castro, minha família e meus amigos”, declarou Johnata, que alcançou a marca de 6,23 metros e garantiu, além da medalha de ouro, a classificação para o Sul-Americano Escolar que será disputado no Chile, em dezembro.
O bom filho à casa torna
Para entender o valor da conquista de Johnata é preciso voltar um ano no tempo, quando encontramos o jovem Degnaldo Barbosa chegando à Escola Estadual Benedita de Castro Lima como estudante de Educação Física da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e estagiário enviado pelo programa de estágios do Governo de Alagoas, o Pontapé. Um retorno mais que especial para Degnaldo, pois ele mesmo foi aluno da escola e lá concluiu seu ensino médio.
“Fiquei muito feliz ao voltar a minha escola, reencontrar meus professores e ter toda a estrutura e apoio para desenvolver o projeto do atletismo, algo que já havia vivenciado na equipe Vulpes, da Ufal, e com o professor Darlan Viana. Quando voltei ao Benedita, quis proporcionar aos alunos uma experiência que gostaria de ter tido quando adolescente. E o sucesso da seletiva que fizemos e que descobriu o Johnata mostra que o atletismo pode ser trabalhado em qualquer espaço que possa ser adaptado”, destacou Degnaldo.
