Cardiologista destaca a atuação do programa Bate Coração e alerta para a busca por atendimento médico logo no início dos sintomas
por Thallysson Alves / Ascom HGE
O pedreiro Djambai sofreu um infarto durante o serviço, mas foi logo assistido pela Sesau – Foto: Thallysson Alves / Ascom HGE
O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, é referência no atendimento de Urgência e Emergência de Média e Alta Complexidade em Alagoas. Entre as linhas de cuidado está a Cardiologia, cujo infarto agudo do miocárdio é o mais prevalente, exigindo intervenção imediata para que a vida seja salva. No ano passado, 1.233 procedimentos, entre cateterismos e angioplastias, foram realizados com êxito pela equipe qualificada da hemodinâmica da maior unidade hospitalar do Estado.
O cateterismo e a angioplastia são procedimentos cardíacos minimamente invasivos que podem ser realizados em conjunto para diagnosticar e tratar problemas cardiovasculares. O primeiro consiste quando um cateter é introduzido pelo pulso ou pela virilha para diagnosticar obstruções ou lesões nas artérias; o segundo é a introdução de um cateter balão que rompe as placas obstrutivas de modo a facilitar a passagem do sangue, desobstruindo as artérias.
“Quando uma pessoa sente dor ou desconforto no peito, podendo irradiar para outras partes do corpo, seguido de falta de ar, náuseas, sudorese, palidez, vômitos, entre outros sintomas, é sinal de que deve imediatamente procurar uma unidade primária. Lá, os profissionais capacitados pelo programa Bate Coração farão exames diagnósticos e se identificarem o risco da doença solicitam a transferência para o HGE”, explicou o médico cardiologista hemodinamicista Allysson Matos.
A transferência ocorre por intermédio da Central Estadual de Regulação de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que viabiliza o transporte mais adequado com os profissionais e equipamentos necessários. Como o que aconteceu com o pedreiro Djambai Alves de Melo, de 50 anos. Ele estava ajudando o filho na construção de uma laje quando, de repente, sentiu uma forte dor no peito e cansaço respiratório.
“Eu já vinha sentindo alguns desconfortos dias antes, mas achei que era pelo cansaço físico, não imaginava que estava tendo um infarto. Porém, nesse dia que eu estava com o meu filho, a dor no peito foi mais forte e passava pelo meu braço esquerdo. Não tinha como não pedir ajuda. Ele me levou à UPA [Unidade de Pronto Atendimento] de Jaraguá, que detectou logo a doença e solicitou a transferência para o HGE”, lembrou o pai de família.
O trabalhador foi submetido ao cateterismo e angioplastia de emergência, com a instalação de três stents. A sua esposa, Andrea de Lima Silva Melo, de 47 anos, disse que ficou muito assustada quando soube o diagnóstico. Ela lembrou que o seu marido é ex-fumante, não pratica atividade física (apesar do esforço no trabalho) e o pai e um dos irmãos de Djambai faleceram por causa do infarto agudo do miocárdio.
“Estamos todos muito agradecidos pelo trabalho cumprido aqui no HGE e lá na UPA. Sem essa rapidez e eficiência, eu poderia não estar mais aqui tendo a oportunidade de seguir com a minha vida. Agora, eu pretendo tomar as medicações indicadas pelo médico, ter mais cautela com a alimentação, diminuir o ritmo de trabalho e curtir mais a vida”, afirmou Djambai.