/No Dia Nacional de Combate ao Bullying, Seduc celebra avanços do Programa Coração de Estudante

No Dia Nacional de Combate ao Bullying, Seduc celebra avanços do Programa Coração de Estudante

Mais de 80 profissionais atuam na rede estadual para fortalecer saúde mental e prevenir o bullying

por Yasmin Henrique / Ascom Seduc

Escola teve mudanças positivas após o programa – Foto: Alexandre Teixeira/Ascom Seduc

Nesta segunda-feira, 7 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, uma data fundamental para reforçar a importância da prevenção e do enfrentamento dessas práticas nocivas no ambiente escolar. Desde 2011, essa data também é reconhecida por lei como o Dia de Combate ao Bullying nas Escolas Públicas Estaduais de Alagoas.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem se destacado com iniciativas inovadoras que promovem mais segurança e bem-estar aos estudantes da rede estadual. Entre as principais ações, está o programa Coração de Estudante, lançado em março de 2024, com um investimento de R$ 4 milhões e focado na saúde mental dos alunos.

Com 60 psicólogos e 20 assistentes sociais distribuídos estrategicamente, o programa já realizou 33 mil atendimentos desde fevereiro, encaminhando alunos para suporte especializado sempre que necessário. Além disso, promove a distribuição de materiais didáticos e o fortalecimento das competências socioemocionais dos estudantes, contribuindo para um ambiente escolar mais acolhedor e seguro.

Impacto direto e duradouro

A presença de psicólogos e assistentes sociais tem sido essencial para a construção de um ambiente mais acolhedor na Escola Estadual José Corrêa da Silva Titara, escola de ensino médio integral, localizada em Massagueira – Marechal Deodoro.

Atuando na escola, a psicóloga Sandra Abreu enfatiza a relevância do trabalho em grupo, realizado por meio de rodas de conversa, palestras e atividades educativas voltadas para estudantes, professores, gestores e familiares.

“O psicólogo escolar não realiza atendimento clínico, mas faz acolhimentos e encaminhamentos. Temos observado uma redução significativa nos casos de bullying, ansiedade e depressão”, destaca Sandra.

A gestora geral da escola, Lucilene Rodrigues, também reforça a importância de projetos permanentes no combate à violência escolar. “Nossos alunos passam nove horas na escola. É importante se sentir acolhido e seguro. Quando um estudante é afetado pela violência, isso impacta sua saúde mental e seu desempenho acadêmico”, explica. Segundo a gestora, essa preocupação está presente desde a semana pedagógica, garantindo a continuidade das ações ao longo do ano letivo.

Ações de conscientização

Os estudantes também percebem as mudanças. Raquel Laurindo, de 16 anos, relata a transformação promovida pela presença da psicóloga no ambiente escolar. “O bullying é um tema complicado. Tanto para quem sofre quanto para quem presencia, porque existe o medo de se envolver e virar alvo também. Mas, com a chegada da Sandra, muitos alunos se sentiram mais seguros para pedir ajuda e falar sobre o que estavam passando. Fez muita diferença”, comenta.

Dentre as atividades promovidas na escola, estão rodas de conversa sobre bullying, respeito à diversidade e conscientização sobre o uso dos cordões de identificação por estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Muitos alunos evitam usar os cordões por medo de julgamentos. Trabalhamos a conscientização e explicamos que o bullying é crime”, ressalta Sandra.

O compromisso da escola é tornar essas iniciativas permanentes, assegurando que a conscientização e o respeito sejam valores essenciais no cotidiano escolar. “A escola precisa ser um espaço de aprendizado e reflexão. Precisamos ensinar os alunos a conviver com as diferenças e respeitar a dignidade do outro”, conclui Lucilene.