Encontro liderado por Francisco ocorrerá em 7 de julho
por Jarbas Aragão – Gospel Prime
(Padres ortodoxos e monges recebidos pelo Papa Francisco – Foto: AP)
O papa Francisco está convidando lideranças cristãs do Oriente Médio para debater a paz na região. O encontro para uma “jornada de reflexão e oração” ocorrerá na cidade de Bari, Itália, em 7 de julho.
Segundo o prefeito de Bari, Antonio Decaro, “Será uma data histórica para a cidade de São Nicolau [padroeiro de Bari], que se confirma como sede ecumênica religiosa e do diálogo entre o povo e os fiéis”. Venerado por católicos e ortodoxos, Nicolau, que foi bispo de Myra, na Ásia Menor, no século IV é a figura real que deu origem ao mito do Papai Noel.
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Além das principais lideranças católicas da Terra Santa, o convite foi estendido aos arcebispos e patriarcas ortodoxos tanto gregos quanto russos. Ainda não foi divulgado quem confirmou presença.
A população cristã em toda a região vem declinando há algum tempo. No Iraque e na Síria, o cristianismo corre o risco de desaparecer. Em países como Egito e Líbano as minorias cristãs continuam sofrendo com ondas de violência e perseguição.
Como os perseguidores não fazem distinção sobre a confissão dos cristãos, o papa Francisco já se referiu a isso como incentivador de um “ecumenismo de sangue”. Ao mesmo tempo, o pontífice evita condenar nominalmente os islâmicos, preferindo falar de “radicalismos”.
Em outros momentos, preferiu criticar Israel pela sua campanha para o reconhecimento de Jerusalém como sua capital. Ele pede que a cidade seja dividida com os muçulmanos.
O bispo de Bari, Francesco Cacucci, previu que a reunião para oração em conjunto no próximo sábado vai “ajudar-nos sentir como um povo cristão unido, com o mesmo olhar de fé e amor sobre a tragédia humanitária que envolve todo o Oriente Médio.”
“Se os cristãos vivem nessas terras o ecumenismo do martírio, o derramamento de sangue cristão não faz distinções”, acrescentou.
As Igrejas Católica e Ortodoxa estão separadas desde o chamado Grande Cisma, ocorrido em 1054. Mas, nos últimos anos, há iniciativas dos dois lados para promover a chamada “unidade” entre as vertentes religiosas. Com informações Crux Now